Dentro dentro dos sonhos
como se fosse pecado acordar
você não se lembra de mais nada
sente forte aquilo sem limites
de voar, navegar, se perder
vontade
preguiça
anseio
daquilo que já esqueceu
+ 1 - 1
2,3,4,5...365
ao ano
sonhos desacordados
continua firme perambulando
e acha, só acha que já acordou
lucidez
mais uma vez
e não sabe.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
A menina sem cabeça desafiou o cosmo
foi atrás dos sonhos que seu coração fez
absurdos sonhos enigmáticos
sabia tatear e sentir a presença de outros
mas no meio de seu caminho tropeçou
perdeu um braço e uma perna
teve que aprender a usar uma mão apenas
passou a andar pulando
sua sina comprometida a ser difícil
seu Karma ideológico transfigurado
se achava perdida
não estava
sabia muito bem onde tocar
instintos e intuição
confiava em si mesma
sincronia e sintonia
confiava nas palavras de quem podia confiar
passou a ter medo depois de um certo tempo
chorava por dentro e não sabia
a menina sem cabeça aprendeu a sobreviver
a menina sem cabeça não sabia onde vivia.
foi atrás dos sonhos que seu coração fez
absurdos sonhos enigmáticos
sabia tatear e sentir a presença de outros
mas no meio de seu caminho tropeçou
perdeu um braço e uma perna
teve que aprender a usar uma mão apenas
passou a andar pulando
sua sina comprometida a ser difícil
seu Karma ideológico transfigurado
se achava perdida
não estava
sabia muito bem onde tocar
instintos e intuição
confiava em si mesma
sincronia e sintonia
confiava nas palavras de quem podia confiar
passou a ter medo depois de um certo tempo
chorava por dentro e não sabia
a menina sem cabeça aprendeu a sobreviver
a menina sem cabeça não sabia onde vivia.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
22 de dezembro
Escutei uma risada gostosa do meu lado,
no ato meus pensamentos foram em sua direção
tantas cores, olhei pro sol
passarinho pousou no fio
ri baixinho
fechei os olhos
te vi de novo
revivi e te dei um abraço terno e saudoso
relembrei suas poesias
cantei-as lentamente
me escuta daí?
sente meu coração disparado?
te espero pra sempre
não te esqueço jamais
ritual feito, te mandei um presente...
Que seja eterno
Te amo F.
Candoca.
no ato meus pensamentos foram em sua direção
tantas cores, olhei pro sol
passarinho pousou no fio
ri baixinho
fechei os olhos
te vi de novo
revivi e te dei um abraço terno e saudoso
relembrei suas poesias
cantei-as lentamente
me escuta daí?
sente meu coração disparado?
te espero pra sempre
não te esqueço jamais
ritual feito, te mandei um presente...
Que seja eterno
Te amo F.
Candoca.
criaturinhas doidas
A esperança entra pela fresta da janela e pula enlouquecida atrás de mim, entro no quarto e fecho a porta , pego meu livro e acendo o abajour, a mariposa-estátua de ontem na parede resolve se mexer, balança suas a asas e vem em minha direção, direto no meu rosto! Boca fechada ainda bem, ela desaparece e reaparece para encostar sua bunda na lâmpada, lá fora o sapo coacha louco para que eu abra a janela e faça da mariposa a sua refeição, desisto de ler pois aquela bruxinha fica bagunçando meus pensamentos, vou para a varanda fumar um cigarro e dois, logo dois besouros sobrevoam sem direção por cima da minha cabeça, zuuuuuuumm até levanta alguns fios de meus cabelos, "filho da mãezinha" e dou risada, o outro mais parece uma barata tonta rodopiando na luz acesa bate na parede e morte, cai de pernas pro ar e seu amigo enfurecido nem pra ajudar! Analiso bem a situação, se eu desvirar esse cara ele vai bater de novo e de novo até desistir e morrer, seu amigo mais esperto já sumiu da varanda, pego ele na mão suas patas são grudentas e tem umas serrinhas que aderem à nossa mão, atravesso a rua e deixo ele no galho, "vai meu filho, segue a luz da sua casa", talvez que vá pra lua, pois agora apago a luz da varanda e entro em casa procurando a esperança, ela está em cima da mesa e não sei como pega-la, coloco um pote em cima e com uma folha de papel enfio por baixo do pote e pronto a esperança presa em minhas mãos, "vou jogar a esperança pela janela" estranhas palavras, vou ao quintal e solto ela lá, pelo menos ela continua morando em minha casa. A mariposa me espera, entro lentamente no quarto olhando todos os cantos, a louquinha está lá sobrevoando o abajour tomando aqueles choquinhos na bunda pois ele está quebrado e descarregando energia no ferro, "linda, a dançarina da noite, mas não no meu quarto", desligo o abajour e espero que ela saia, abano ela com uma camiseta e deixo que vá pro banheiro aceso, fecho a porta e vou dormir.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Derramei a última taça de vinho no carpete da sala, meus pensamentos pairavam entre as paredes brancas, minhas lágrimas estavam agora grudadas e manchavam o carpete bege, fiz meu voto de silêncio e o som me cantava histórias de amores mal resolvidos mais uma vez, o cinzeiro estava transbordando, meu olhos perdidos no lustre e na lâmpada que eu não havia trocado e estava apagada, desprezo meu sem volta, a brisa do mar entrava desgastando minhas peças de aço, minha pele, de uma certa forma seu cheiro me confortava, preenchia meu ego estúpido e problemático, 2 dias sem dormir, e uma lua gritante através da janela, a qual eu nem fazia questão de apreciar. Não sei mais de mim, não sei se devo correr, sair, ou apenas permanecer estatelada na sala triste sem significado ou tão cheia deles que eu já não me desapego, acho que meus olhos estão vermelhos e não chorei, aquele apartamento de uma hora pra outra passou a ser grande, e eu pequena ainda acho que faltam gavetas para esses escritos e pensamentos espalhados, sem motivo e ação a procura de motivação, esqueço o bom senso que um dia aprendi e grito FODA-SE. Saio a procura de ninguém, então coração vazio é isso? Não sofrer por amor, não ter chão ou se apegar a memórias? Bom, ou não, vou, desço as escadas um pouco tonta, dou de cara com aquele vizinho que nunca foi com a minha cara, cara a cara ele me olha repudiando, solta alguma palavra esquisita que eu mesma não estou em condições pra entender e depois falo: oi pra você também (seu filho da puta)penso. Deixo as chaves com o porteiro e falo: é pra não correr o risco de me perder. Atravessar uma rua e chegar à beira-mar de uma forma exitante, exito ao ver a lua e paro no meio da rua vazia, deixo escorrer uma lágrima e me deixo sentir o que eu nem sei mais o que é, vou para a praia e sento na areia, vejo a maré e decido remar de frente, imagino um barco a vela, a lua me guiando, desaparecer, encostar no infinito que meus olhos conseguem enxegar, tem estrela pregada lá, talvez segurar uma e colocar no lugar da lâmpada que está faltando, mar bravo, me perco, não encontro nada, remo a toa, fico no barco a esperar enquanto o vazio se enche de vento. O barco desaparece, volto a mim mesma, encolhida na areia branca, suspiro o cheiro que me conforta, me abraço, me sinto viva ali, as horas passam e nem percebo, finalmente aquietei meu cérebro, não penso em mais nada, esqueço que o mar é bem maior, e navego no mesmo lugar sem saber quando parar.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Fumaça
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
árvore de azeitona
Da colina mais verde e silenciosa
encontro Mayara embaixo de uma Oliveira,
ela com seu vestido vermelho me cita poesias malditas,
feministas,
de dentro de nós,
sobre nós mesmas,
nosso silêncio de palavras jogadas,
a sentir o pulsar de escritos tão nossos,
do comum em estradas mal acabadas,
do comum em saltos circenses,
em risadas à meia noite,
em nostalgias derramadas,
sabemos exatamente onde nos encontrar,
isso quando num tem fogueira,
estrelas,
cometas,
mares,
lua,
sol,
elementais a nos vigiar,
porque sim,
pra eles e só pra eles
nós gostamos de nos mostrar...
encontro Mayara embaixo de uma Oliveira,
ela com seu vestido vermelho me cita poesias malditas,
feministas,
de dentro de nós,
sobre nós mesmas,
nosso silêncio de palavras jogadas,
a sentir o pulsar de escritos tão nossos,
do comum em estradas mal acabadas,
do comum em saltos circenses,
em risadas à meia noite,
em nostalgias derramadas,
sabemos exatamente onde nos encontrar,
isso quando num tem fogueira,
estrelas,
cometas,
mares,
lua,
sol,
elementais a nos vigiar,
porque sim,
pra eles e só pra eles
nós gostamos de nos mostrar...
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Fútil
Surpresas de palavras sem sentindo aos ventos vindos do norte,
futilidade compacta entrando em atrito comigo mesma
se devo ser assim só porque ser dá no mesmo
ou se só posso ser eu mesma de cara limpa e roupas mal acabadas
mesmo que não me olhem:
A feinha, baixinha de óculos sem maquiagem, olha lá
oi, não tenho controle e falo "bosta" aos seus ouvidos
"sai com essa filosofia pra lá, tosca".
E ainda quem sou eu pro seu mundo?
A que não julga e vai escrever sobre isso mais tarde?
Talvez,
mas vai muito mais além...
Minha saia continua comprida, meus cabelos estão sem tinta
nua, crua, de pés no chão pra sentir a areia.
Nossas conclusões diante dos filmes se convergem
e nunca temos um real significado em comum
nunca tivemos
você diz da beleza estética, enquanto eu vejo a naturalidade dos atos do cara
"olhos pretos são normais, prefiro os azuis" você diz
"olhares platônicos são azuis, gosto quando são pretos indecifráveis" eu digo
prefiro.
Sério.
Hoje não quis te julgar
mas fui obrigada.
"DesvencilharDesvencilharDesvencilharDesvencilharDesvencilharDesvencilhar"
e voltar a acordar.
futilidade compacta entrando em atrito comigo mesma
se devo ser assim só porque ser dá no mesmo
ou se só posso ser eu mesma de cara limpa e roupas mal acabadas
mesmo que não me olhem:
A feinha, baixinha de óculos sem maquiagem, olha lá
oi, não tenho controle e falo "bosta" aos seus ouvidos
"sai com essa filosofia pra lá, tosca".
E ainda quem sou eu pro seu mundo?
A que não julga e vai escrever sobre isso mais tarde?
Talvez,
mas vai muito mais além...
Minha saia continua comprida, meus cabelos estão sem tinta
nua, crua, de pés no chão pra sentir a areia.
Nossas conclusões diante dos filmes se convergem
e nunca temos um real significado em comum
nunca tivemos
você diz da beleza estética, enquanto eu vejo a naturalidade dos atos do cara
"olhos pretos são normais, prefiro os azuis" você diz
"olhares platônicos são azuis, gosto quando são pretos indecifráveis" eu digo
prefiro.
Sério.
Hoje não quis te julgar
mas fui obrigada.
"DesvencilharDesvencilharDesvencilharDesvencilharDesvencilharDesvencilhar"
e voltar a acordar.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
Aventurar-se na possibilidade de ser qualquer coisa
sendo assim, a magia de estar sendo vem a tona
desligamos os problemas,
nos embriagamos do mais puro licor
os risos incontroláveis, de pés no chão
o passado nos remete a fazer coisas
rever é se entregar naquela última cena de adeus
não só nos abraçamos
não só nos beijamos
fizemos sexo com as palavras que inventamos
ali mesmo, na mesa do bar
você me olhava, nos olhávamos
na mais antiga cumplicidade de segredos escancarados
Um adeus pra sempre, e você me gargalhou dizendo: isso mesmo!
E aquele do mesmo que meu dia, morreu estraçalhado na esquina
ignorado, sem atenção para suas idéias não mais cheias de magia
e seus atos efusivos de fazer irritar.
O lesado não mudou, ele estava realmente bonito, tive que olhar de novo.
Menos uma noite e apenas 5 horas de sono
Nos acordamos, abraçamos nossas vontades matinais,
e mal sabíamos o que estava por vir.
sendo assim, a magia de estar sendo vem a tona
desligamos os problemas,
nos embriagamos do mais puro licor
os risos incontroláveis, de pés no chão
o passado nos remete a fazer coisas
rever é se entregar naquela última cena de adeus
não só nos abraçamos
não só nos beijamos
fizemos sexo com as palavras que inventamos
ali mesmo, na mesa do bar
você me olhava, nos olhávamos
na mais antiga cumplicidade de segredos escancarados
Um adeus pra sempre, e você me gargalhou dizendo: isso mesmo!
E aquele do mesmo que meu dia, morreu estraçalhado na esquina
ignorado, sem atenção para suas idéias não mais cheias de magia
e seus atos efusivos de fazer irritar.
O lesado não mudou, ele estava realmente bonito, tive que olhar de novo.
Menos uma noite e apenas 5 horas de sono
Nos acordamos, abraçamos nossas vontades matinais,
e mal sabíamos o que estava por vir.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Um banho de lua à meia noite ,gritos noturnos abafados pelas ondas do mar, pés descalços, sorrisos que fazem nossos dentes parecerem estrelas. O eco de nossos corações em saudades que já se foram, largados deitados na praia vazia, o auge do nosso viver, quase um agradecimento de vida que passa sem saber pra onde ela nos guia, olhos que por mais tristes ali parecem enfeitiçar o mar ou simplesmente se deixaram enfeitiçar de alegria. Coração já bate lento, ondinhas quebrantes no caminhar leve, espera o sol nascer pra ver a verdadeira cor que a escuridão esconde no seu olhar, mil tons esverdeados, pretos, castanhos, amarelos e cintilantes, o céu ainda é o mesmo, já não somos os mesmos, e no final em casa, ainda temos a certeza de algumas besterinhas escritas. E ainda precisamos dizer eu te amo? A vida basta, o tempo faz isso.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Sonho Rubro
A menina andava descalça
sentia pedras e areia na sola de seus pés
a chuva escorria pelo seu pescoço
seus olhos vermelhos
sua mente perdida
desgastava
suas idéias
de tantos pensamentos
dispersos.
Em um domingo igual
o diferente aconteceu
uma Cigana atravessava seu caminho
ela tinha a arte de desmistificar
menina curiosa
correu pra baixo da saia Dela
nunca mais saiu de lá
A cigana tinha planos maravilhosos para seu futuro
e conseguia fazer a menina sonhar
mostrava caminhos
amores
viagens
sua filha chamaria-se Carmem
Carmensita
e falava que era tudo verdade
a menina passou a vida a esperar
e jamais saiu debaixo da saia
morreu iludida
mas nunca deixou de acreditar.
sentia pedras e areia na sola de seus pés
a chuva escorria pelo seu pescoço
seus olhos vermelhos
sua mente perdida
desgastava
suas idéias
de tantos pensamentos
dispersos.
Em um domingo igual
o diferente aconteceu
uma Cigana atravessava seu caminho
ela tinha a arte de desmistificar
menina curiosa
correu pra baixo da saia Dela
nunca mais saiu de lá
A cigana tinha planos maravilhosos para seu futuro
e conseguia fazer a menina sonhar
mostrava caminhos
amores
viagens
sua filha chamaria-se Carmem
Carmensita
e falava que era tudo verdade
a menina passou a vida a esperar
e jamais saiu debaixo da saia
morreu iludida
mas nunca deixou de acreditar.
Cansei
Perdi a briga
Por falta de chances de me explicar
os anos se passaram e você me matou em segundos
Nada de "mas"
Muito menos "eu sei"
Engolir e viver
sobreviver
Alvo de julgamento
todos os defeitos
esfrega/esfola na cara
depois não venha
pedir desculpas
pois estou prestes a enlouquecer.
Por falta de chances de me explicar
os anos se passaram e você me matou em segundos
Nada de "mas"
Muito menos "eu sei"
Engolir e viver
sobreviver
Alvo de julgamento
todos os defeitos
esfrega/esfola na cara
depois não venha
pedir desculpas
pois estou prestes a enlouquecer.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Desabafo
É uma falta de quietude, poemas dispersos espalhados no quarto bagunçado, parei pra pintar camisetas com tinta para tecido, coloridas camisetas, me perder entre os lápis de cor no final da noite, os livros estão jogados, esquecidos. Minha mala está ficando cheia, meus sonhos estão cada vez mais confusos, as música que ouço estão cada vez mais instrumentais. Comprei um teclado e ainda não decidi o que fazer com ele, ou por onde começar a destrincha-lo. Tenho umas obrigações e sou obrigada a cumpri-las, o tempo encurtou o dia, minhas madrugadas parecem não existir mais, meus olhos não aguentam esperar, e como sinto falta do silêncio que eu tinha.
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