sábado, 28 de dezembro de 2013

Antro pós efêmero

Rebuliço ."Toma chá queridinha". Meus dias já andam vulcânicos. Fui... Sento quieta no canto, minha cabeça parece pesar. A ordem do caos que gritou parecia quase real se não fossem os sopros das noites em vozes estremecidas pelos dias que passavam. Confabular e transcender, anarquizar e surpreender, gosto do gosto. Ah, mas minha mente não completava uma frase sequer, quando de repente tudo parecia pele, a voz gritava e a distonia em meus nervos recomeçava. Quase no fim transportei o que via para o redor e a vontade de abrir portas e janelas era mais forte e lá estava eu, vulcanizada de novo, explodindo a percepção do que mais senti e não formulei, daquele mix de pessoas sincrônicas, caóticas, seriamente sentidas com o todo, vivas no agora, não mais perdidas no tempo, registradas.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

topo

Talvez essa merda não tenha que funcionar.
Talvez esse carinho seja vão, desagradável.
Don´t touch
Don´t fell

É mentira
liar

...

Trabalha-se no caos, no sorriso amaryellow
Melhores que os outros, mas que outros?
Me?Eu?Tu ? You?
Ah, we...
há, passadores de nós:
os bests.
Nem saber quem são,
sabem.

domingo, 1 de dezembro de 2013


Te amo,
no bruto lapidado por flores
no vento-sopro de cheiro, mato
no toque calmo do olhar...

Estava escrito naquele bilhete sobre a mesa de canto, ela lia e relia, enfeitava tal mesa com incensos e margaridas que eram postas na garrafinha verde. A luz não chegava forte ali, deixando sempre o lugarzinho com ar de mistério na penumbra da sala. Não teve coragem de se desfazer do papelzinho que aquele alguém deixara no bolso de sua camisa vermelha, montou um altar com o conjunto de palavras tão cheias de carinho. Desesperada, acendia um incenso e encostava a poltrona na mesa, chorava para adormecer, acordava 3 ou 4 dias depois com as flores já mortas, lia e relia. Apaixonada, abria um vinho chileno, acendia uma vela sobre a mesa, ficava observando a janela semi aberta, esperando moços de chapéus e cravos na lapela, lia e relia, sonhava. Calmamente foi sendo absorvida por tais palavras, engoliram-na de tal forma que não podia haver outros sentidos melhores que aqueles que lhe foi passado. Só pensava em os ser, lia e relia. Passou a procurar entre as fendas mais abstratas compatíveis pensamentos, encontrava alguns que mascaravam a verdade e quase eram em mentira aquilo tão simples que jamais seriam. Certo dia sem esperar aquele alguém lhe trouxe um presente, tudo que haveria de ser dali pra frente, sua companhia.