quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Chico

Deixa eu sentir também, modifica a batida e me traz o seu significado (I)rreal, quero saber o que grita em você através da música, estou apta a sentir do seu jeito, admiro quando fica assim em silêncio, de olhos fechados, se deixando levar. Te procuro em mim sendo aquilo que você deixa transpassar energeticamente, enlouquecendo minha alma nessa vibração.
















Movimenta-se o corpo sedento de alquimia
O copo estilhaçado da noite anterior no chão
Muta o sentido do hoje
refazendo a vontade de começo
janela aberta com brisa fria
fecha os os olhos e suspira
não se limpa
pisa-se
se deixa sangrar
Tranquilidade abstrata ao redor
e a vontade de gritar
pulsa dentro o que ferve
pensamentos ásperos
raiva
dor
Primeiro gole sem gosto
água da paciência
desfaz
desliga
desdobra
Começa.

domingo, 28 de agosto de 2011

Silencia a mente, esvazia, enquanto me grita o som do espaço, noite sem lua, olhos, olhares, palavras, loucuras. Você chegou ontem mais bagunçado que o normal, roto, descalço, enquanto eu sentada na beira da calçada fumando meu único cigarro do dia, fiz questão de apagar na sua presença, assim como não quis te encarar. Dias haviam se passado, dias fora da sua noção do que poderia ter sido,insanidade, poesias jogadas aos boeiros, meu cabelo jogado para todos os lados era sinônimo de que andei pensando demais, fumando demais, bebendo demais, eu estava suja demais pra te olhar no olho e dizer que estava tudo bem. Mas você veio tão despido das coisas fúteis as quais conversávamos, tão essencialmente inteiro e pedindo pra ver meu rosto, ouvir minha voz. Tô guardada dentro de mim, me tranquei à sete chaves, "ando fútil" digo, "você não sabe o que é ser fútil" você disse e recomeçamos ali de mãos dadas entre energias. Amanhecia e o sol clareava nossos rostos, minha mente começava a ser preenchida de vontades, curtos sonhos, coisas boas e você acabou me fazendo sorrir de novo por um instante, "Joaquim" falei, "Eu sei, não precisa falar..." e nos abraçamos na saudade de ser aquela uma que um dia fui, "Ninguém morreu".

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

E musicalidades tomaram a forma daquilo que coloquei sobre a mesa, desconhecidos sentimentos inquietos, "mas logo eu que nunca soube escutar?"(ou soube e quis dar uma de surda) Joguei-te meu eu entre o caráter, a vida-sonho, a eterna infantilidade. "Mas eu realmente não sei de nada!" e trocamos as idéias universais que tanto te desmascarou. Você se contradisse olhando no meu olho, na verdade daquilo que só aparecia a mentira. Bastava o copo virado e o vinho na toalha branca.

sábado, 20 de agosto de 2011

Numa chuva e a deselegância de perder o verdadeiro sentido,
desafios egoístas dentro de escapatórias insanas
mundos contradizem com o que seu corpo pede
os pingos lá fora tentam lavar o que você já não é
o pulsar de acordo com a luz elétrica que parece falhar
seus olhos atordoados não querem mais piscar
e você só acha que está na festa mas não está
e chove
ninguém mais vê
se perde no desencontro de todas as suas personalidades
ao se despir, nua, você tenta ao menos falar
forças:
desaparecem
seus ouvidos sangram com o passar dos gritos
o tempo já não é o bastante e você quer mais mais mais
e se molha
não se sente gostos
"quero coisas bonitas"
você já não enxerga e pede o simples
te dou o sentir da flor que acabou de desabrochar por causa da água
você digere as palavras em 3 segundos
e volta ao seu estrago mental.


Obrigada por pelo menos tentar.
E se eu tivesse me aprofundado na bruxaria?
Xamanica.mente seria improvável cair nesses abismos
Saberia:
exatamente o que pensar
exatamente o que comer
exatamente o que sentir

Optei pelo incerto
caí em contradição no passado quando quis absorver o mundo em seu estado mais inacabado
desliguei-me da vida pagã que um dia quis ter
mas não desaprendi e nem me perdi por completo quando a sociedade democrata me sugou

tempo inerte;
em mim:
tempo de vivências;
a certeza:

o sol não deixou de ser o mesmo e nem me tocou de maneira diferente



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Desejo, rapte-me

Então me promete ao seu universo sem medo,
me acorda cedinho pra ver o sol
desligue-se do mundo quando me ver
faz do nosso segredo uma escultura para que todos possam ver
na claridade e na escuridão seja meu companheiro
equilibra minhas angústias e me dê coragem
exista, cante,me chama pra dançar
e sonha junto comigo.
Seja bom, seja bom, seja bom...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ao antigo

Que isso? Se tudo foi uma questão de se adaptar? Nos intervalos nos criamos aos sons do mundo, todos eles. Você quis me incendiar aos segredos cósmicos daquilo que eu até quis acreditar mas me manchou de preto quando eu inventei um conto. Já no segundo ato o silêncio me feriu e as cordas do violão ficaram doces como o vinho envelhecido na geladeira, bebi três goles em sua memória e você viajou. Certo, você já deve ter sacado essa história toda de canções, gelos e incoerência (da minha parte claro), não sou mais aquilo e muito menos isso de descrições e pontos finais, você me teve em suas mãos, em seus olhos pretos meio enlouquecidos e sedentos, nada demais ao meu ver, pessoas apareceram e outras reapareceram no espaço do contratempo. O prazer foi meu e só, se você não entendeu.
Eu pedi um aviso no mundo novo


e acordei cantando.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Truco ladrão num Poker sem fim

Eu tentotentotento 1 tento e não sei jogar sem Joker
A carta vira sozinha e eu não sei segurar o cartilhado
o desespero toma conta quando seu blefe transpira através de um sorriso escroto
meu olhar se perde quando todos os tentos estão do seu lado
AAAHHHHHH SEIS!
Fim de jogo,
você ganha, eu desisto.

-Particular-

Meu Querido Joaquim,

Ontem estive perplexa com o que você é capaz,
antes você me dizia que ser calma era o bastante pra enfrentar a vida,
mas não, faz uns dias que você vem me remoendo, me deixando criar ansiedades e angústias,
de repente tudo ao mesmo tempo! Você me diz pra criar expectativas, você me diz que o melhor é gritar... Não entendo mais nada, você está totalmente errado, você me machucou e até me entorpeceu! Volta logo a ser o que você era antes, me diz pra ter paciência todos os dias, me diz de novo e de novo, aliás, não diz mais nada e só volta semana que vem, por favor.

Daquela que você diz ser adorável,
Maria



Meu Querido Joaquim 2

É, realmente talvez eu esteja errada, eu que nunca soube lhe dar com essas coisas, de repente me vi enlouquecida com a pressão que você me dá, pode ser que esteja certo, talvez seja hora de me arriscar através do universo que você pôs em mim, mas eu realmente não sei por onde começar, se seguir os passos tão mais velhos à minha frente farão sentido espero que você me dê a razão de continuar, continuidade assim pode ser loucura? Você falou de sorver, abstrair e me deixar enlouquecer, sou capaz sim disso tudo, consigo me deixar levar de corpo e alma (se é que existem), entro em contradição quando você me fala de segredos e eu não sou acostumada à eles... Olha, me olha de novo e vamos pro lugar que você disse sem ilusão.

Beijos por trás do espelho,
Maria


Subdesenvolvimento anarquista das coisas mais simples/
pegar uma poeira e transforma-la em pedra/
prestar atenção nas bocas que se movimentam e não ser ouvido/
rasgar em pedacinhos seu melhor livro/
perder o dia querendo ser a televisão/
falar demais pra ninguém/
adquirir a raiva e a angústia/
.
.
ir pra debaixo da cama.



domingo, 7 de agosto de 2011

Sambei esquizofrenéticamente!
Acordada pelos sussurros de gente que nem existe mais
renascemos no pé do chão batido
poeira levanta
céu azul incendiário de dizeres
entorpecida.mente
de saia que roda
e o café fica mais gostoso
Domingo!
Atrás de divagações da mente,
nos cantos postiços da medalha
dourada, louca que cintilava
por detrás das imagens da navalha
Leu-se a mão transcendente
No silêncio inoportuno da lua
cantava entre quatro paredes
as cores que vinham da rua.

Estavam loucos?

Perdidos.

sábado, 6 de agosto de 2011

tô de boa,
com pé no chão...
Mas se rolar,
quero me acabar de amor.

é muita fase pra pouco espaço!
vamos girar de acordo com as vertentes.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Crianças de quintal



Nossos filhos seriam livres-libertários-revolucionários,
pulando no sofá,
ouvindo o que estivéssemos ouvindo,
surreais crianças donas de seus imaginários,
criadoras de mundos distantes,
de olhos multicoloridos,
daquelas que espalham desenhos pela casa,
viajantes do espaço-sideral,
alucinadas por detalhes,
de palavras não tão fáceis e nos chamando pra brincar.

Ao lado estariam os livros.


Infecções pulmonares; Tuberculose pulmonar e óssea; Bronquite crônica; Constipações e Gripes; Afecções Cardiovasculares;Varizes e Flebites; Fragilidade capilar; Dermatites várias; Prurido; Eczema e Despigmentação; Hiperviscosidade sanguínea ; Doenças infecciosas; Paludismo e Piorréia ;alvéolo dental ;Febres ; Gastrites; Dispepsias e Aerofagias; Úlceras de estômago e do duodeno;Esofagite de refluxo; Insuficiência hepática e pancreática; Icterícia e congestão hepática ;Desinteria;Diarréias; Febre tifóide e Hemorróidas ;Colites; Meteorismo e Parasitas intestinais ; Glaucoma e Hipertensão ocular; Hemorragias; Hemofilia e Escorbuto Astenia; Anemias e Desmineralizações; Obesidade e Disfunções metabólicas; Hipertensão arterial; hipotensão arterial; Afecções do sistema nervoso ; Diabetes, Leucemia ; Cancro ; Enfarte e Tromboses; embolias ; Escleroses, Arteriosclerose, Doenças reumáticas e Artrites; Descalcificações, Linfatismo e Ascites; Retenções urinárias e Litíase urinária e biliar; Prevenção de epidemias; Antitóxico; Antiveneno;

Asma; Enfisema















Limão.

Malabares

De bobeira surreal

Varanda fria avermelhada de céu branco
pingos escorrendo nas folhas verdes
passarinho preto veio e assoviou uma canção
minutos mais tarde,
me peguei de conversa fiada
tagarelando sem parar
com aquele minúsculo parado no fio de alta tensão
mostrando que o perigoso mesmo
é se conter na vontade.


terça-feira, 2 de agosto de 2011



Triste.mente de sussurros fantasmagóricos, gritos agoniantes, ataques de se jogar no chão, ventos que cortaram meus pulsos e me fizeram sangrar no silêncio da escuridão, perdi o rumo e meus olhos viraram ao contrário, bati de cara nas árvores secas de inverno, esfolei meus sentimentos não mais guiados pela emoção, quebrei todos os meus dedos pela falta de não saber julgar, apontei-os todos para mim, meus nervos se arrebentaram e de repente tive febre, até que, por fim, um passarinho pousou em meu ombro e me fez chorar.