quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Estranho foi te olhar de novo,
eu que já estava acostumada a nem te ver,
resumi meu ano em um mês,
dezembro,
que foi quando paramos de nos enxergar.

sábado, 24 de dezembro de 2011



Deixei desejo sangrar em meio a dança
ondasonoras me ligavam a 420 por minuto
de novo de olho no olho da chama
faz diferente, desarruma, desconcerta o horizonte com a palavra
silencia o que quer acontecer, engole o sabor
rosas no breu, ah vontade... de roubar...
não fui e nem serei, estou sendo!
abraça o eterno e jogo o jogo da liberdade
livre de sermos, apenas fazemos o querer
outro pé, outro chão, outro qualquer
mas
fica assim em desalinho, sem linhas paralelas
absorve o sentido e só sente o sucinto
entre olhos que cortam, falam e sangram.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

voava
voava

sem asa
sem casa
sem brasa

Suava

salgava
cegava
molhava

Sem Graça

maria amordaça
na praça
a desgraça

Voava
descalça

Voava
em valsa

Soava

saudava
e em brasa
dançava!


- De conversa com Carlos La Terza.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

S. Lúcido.

"Seu cheiro astral, interessante, o mesmo do pacote universal"
Passeamos entre as estrelas amanhecidas de carinho e conversas que modificavam a distância, nos deparamos com o toque e o agridoce sabor de estarmos por aí, em qualquer lugar se conhecendo, se intrigando, desconhecendo, enriquecendo o saber que sempre foi nosso melhor. "Avenida Leite?" É lá onde sempre estivemos desde o início, moramos lá. Você veio e trouxe tudo, "O que mais esperar?" Nada, você é o que é. O conhecer ultrapassou o limite que os continentes nos fazem desacreditar! Fica uma sombra do que me pareceu sonho em lucidez, e tudo permanece quieto depois que você se foi, e tudo volta ao normal, e tudo me fez perceber o quanto somos eternos e o quanto ainda vamos estar juntos! Agradeço pela cachaça, você me embebedou (brincadeirinha) , agradeço por sua amizade.
Fratello Sole Sorella Luna..

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Querido Transeunte,
de estado catatônico passo a ser ilusória
de ilusória me atrevo a ser enigmática
infalíveis desejos perceptíveis ao criar
te crio, te amo, chego a ser
minto
revejo em seus olhos outros olhares
me perco na fidelidade que tenho com a poesia
e infinitamente jogo as palavras pelo chão
sumo na poeira das ruas
decifrando e desafiando o seu sentido
momentaneamente te amando
apaixonadamente te observando.

Poeta.


Caderno.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quero
senão sonhos
segredos.

Disfarça teu olhar
esconde
me intriga na direção
joga.

Estou mansa
arredia
desligada.

Aproveita o silêncio
queira
me olha de novo
ama.