sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A menina sem cabeça desafiou o cosmo
foi atrás dos sonhos que seu coração fez
absurdos sonhos enigmáticos
sabia tatear e sentir a presença de outros
mas no meio de seu caminho tropeçou
perdeu um braço e uma perna
teve que aprender a usar uma mão apenas
passou a andar pulando
sua sina comprometida a ser difícil
seu Karma ideológico transfigurado
se achava perdida
não estava
sabia muito bem onde tocar
instintos e intuição
confiava em si mesma
sincronia e sintonia
confiava nas palavras de quem podia confiar
passou a ter medo depois de um certo tempo
chorava por dentro e não sabia
a menina sem cabeça aprendeu a sobreviver
a menina sem cabeça não sabia onde vivia.

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