terça-feira, 25 de outubro de 2011

12,5

Foi a metade e meio que assim não quero sair, passa mesmo devagar e a gente aprende que tempo é relativo, que o que fica são os detalhes e se juntar mesmo dão mais de 100 anos de caminho, tortas linhas sem época exata, como se o que passou ainda passasse em nós e o que irá passar já dá um negocinho por dentro, sei não, acho que data-número-cansaço é diferente da ideia atual, hoje velha, amanhã criança, como se o tempo não bastasse e nem colocasse limite, nem ligo e nem quero seguir o mesmo, fácil é não enxergar e ficar assim ao deus dará, perdida e feliz, sem números sobrepostos nas expressões.

sábado, 22 de outubro de 2011

Reflexão pós encontro de sonho. O quanto estávamos lúcidos? Uma coisa me acordou, pontualmente você jogou a carta sobre a mesa. "É isso" me disse, perdi o olhar na mesa ao lado, como se tentasse desfazer aquilo que já tinha criado e deixado entrar com carinho. Acordei tentando me enganar e dizendo que talvez não existisse mesmo o engraçado. "Não sou assim, não sou igualzinha" foram as palavras diante do espelho. Me deitei na cama já desarrumada de tanto me revirar em pensamentos, fechei meus olhos pra fazer uma segunda tentativa de sonho, não deu, estava real o suficiente, acordadíssima no breu de meu quarto, tão real fui eu. Compatíveis percepções transcendentais foi o sentido exato para aquilo tudo, você reapareceu me dizendo outras coisas diferentemente do que me atordoou, sendo doce assim, me cativando devagar e me ultrapassando a alma pelo olhar, senti, pressenti e não me calei mais, meu jeito de segredos escancarados, palavras tortas cheias de entrelinhas que só você entendeu.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011



Eu não sei poetisar, eu brinco de poesiAr, jogando assim pelo vento que entra embaixo da porta e faz um sonzinho esquisito, palavras soltas, embriagadas de tanto perambular no vazio do meu cérebro, penso pouco pra falar é verdade, sei lá acho que eu grito e o eco traz o sentido do que eu deveria dizer, meu olho se enche e transparece o real significado através de meus dedos. Céus! Onde tudo isso vai parar? Nunca sei, soube ou talvez não achei resposta exata que fizesse valer a pena escrever, sinto vontade assim sem medo, logo desfaço a trança do pensamento que esteve comigo e saiu em forma de lágrima no papel em cor de caneta acostumada a deslizar sobre a minha escrita, assim treinada, envaidecida de sempre querer mais, continuar mesmo que saia uma coisa assim tão de brincadeira, ventanejada, azulada, criada.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Acorda menina! Sai dessa cabeça surda! Viaja no silêncio do teu quarto e grita em pensamento seus valores! Desista desse mundo insano que você insiste em ficar! Para de falar aos quatro cantos coisas que perambulam e são insignificantes! Ame com gosto seu olhar diante do espelho, ame com prazer absoluto o momento que você está prestes a criar, ame o agora pois o final está sempre próximo! Acaba com isso de atitudes impostas pelos outros! Sente a mão do irmão segura sobre a sua! Se deixa levar na altitude que seu coração quer chegar! Esqueça os planos! Desfaça os nós de angustia, amargura, rancor! Livre-se do sistema! Não se deixe poluir! Repare os detalhes despercebidos! Crie e pinte seu rosto da cor que você escolher! Não se esconda! Viva!
Saudade de coisas pequenas, de não ter com quem brincar na hora que eu mais queria, de ter machucado o joelho por ter caído no auge da felicidade, de chorar por coisas bobas...de chorar, de ficar ansiosa com os sonhos que costumavam dizer sobre o dia de amanhã.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Inferno Astral

Mais simples que simplesmente acabar finalizando o tudo que nunca havia, entre cachorros e muros, ideais e mentiras. Querida Hipocrisia, obrigada por ter entrado na minha vida dessa forma... Resultado: beber na chuva e pegar pneumonia.
Em olhos mais que vermelhos, nunca fui, estou sendo o morri, enfraqueci!E assim desisti.
BEBE E SOME
SUMO E ASSUMO
Fui parar na delegacia! Fui esfaquear o prendedor de almas, fui me trocar por joão ninguém.
Joaquim mais que ridículo, Joaquim mais que enfeitiçado, Joaquim mais que eu, falso.
Descobre-se de glória e vira indesejável.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ainda mais quando me deparo com suas saias rodadas, você sempre vem me dizer coisas do agora, do hoje e transforma tudo em maiúsculos sonhos onde mergulho com tanta vontade no instante, te vejo através dos olhos daquele moço que insiste em me falar aos ouvidos e me corta com os olhos, vocês se conhecem e consequentemente me ensinam.
Eu vou te ligar hoje a noite
pra você me chamar de bonitinha
me embriagar em doses cavalares
de vontade, silêncio, neblina
ao som dos passos seus
ao embaraço do meu cabelo
ao onde que nunca chega
passarinho de papel sobre a mesa
janela de vidro trincada
e essas flores do caminho?
despetalei-as para chegar no mau
se me quer me queira assim
engraçadinha de olhos fechados.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011



Ela me olhou, olhou de novo, enquanto eu escolhendo a maçã perfeita naquela quitanda-mercado, fiquei sem graça, troquei um sorriso tentando ser simpática, e voltei a apalpar maçãs e enfia-las na sacolinha, alguns pensamentos sobre o clima, sobre a torta, sobre o que acontecia ali me desligavam daquela senhora que insistia em me analisar(?) mas assim interrogando-me entre parenteses retribuí outro olhar, fui para a fila para pesar minhas cinco maçãs e ela veio em minha direção, "pode passar" eu disse e ela passou, cliente antiga do seu tião começou a trocar palavras e novidades, eu bem que me interessei e prestei atenção no seu jeito de falar, preta-velha de palavras enroladas, reparei em seu lenço amarrado na cabeça que escondia seus cabelos brancos que só apareciam por trás das orelhas, e ela sorria para o dono da quitanda que comentava a respeito do que ela falava, ela me olhou de novo, eu abaixei a cabeça ou olhei para o lado tentando disfarçar minha curiosidade que se fazia ali, tinha algo nela e muita vontade em mim de perguntar quem ela era, percebi que carregava um cachimbo no bolsinho da camisa, suas mãos calejadas, a falta de dentes, ela brincava com os sentimentos e falava do "véio" que tava em sua casa esperando o café torrar, e dizia que o amor é respeito agora, coisa que só fui entender depois de pensar sobre e sacar que ela quis dizer que o amor depois de um certo tempo vira respeito, amizade e que esse é o segredo, mas isso foi depois de muito tempo mesmo. "Ô fia, eu tô te estorvando né?" Assustei-me quando ela se dirigiu a mim perguntando, "não, não, tô tranquila" respondi, e penetrantemente ela lançou um olhar que revirou a minha alma, como se me fizesse esquecer do agora , do que eu estava fazendo ali, pra que comprar maçãs? E me levou embora pra longe dizendo que a partir dali eu ia entender o que significava a vida em sua completude, não me pergunte mais nada, só me lembro da fumaça de seu cachimbo e algumas palavras como mata, guia, sentir, saber, ser. Acordei com o coração aos pulos e uma paz interior inimaginável com vontade de gritar ao mundo como tudo é simples.

sábado, 1 de outubro de 2011

Outubro, começo.

Coisas boas, apenas, coisas boas, apenas. Simples, simplificado, sem nós- essas amarras confundíveis, sei lás, deixa o vento chegar com chuva, deixa o tempo limpar, só deixa e vive. Para de pensar em coisinhas em fraudezinhas mundanas! Alegre-se, levanta desse chão sujo, novo mundo, "Aeon"! Não estamos sozinhos, estamos felizes e sabemos compartilhar.
Não precisamos de sorte somos a própria sorte!