sábado, 22 de outubro de 2011
Reflexão pós encontro de sonho. O quanto estávamos lúcidos? Uma coisa me acordou, pontualmente você jogou a carta sobre a mesa. "É isso" me disse, perdi o olhar na mesa ao lado, como se tentasse desfazer aquilo que já tinha criado e deixado entrar com carinho. Acordei tentando me enganar e dizendo que talvez não existisse mesmo o engraçado. "Não sou assim, não sou igualzinha" foram as palavras diante do espelho. Me deitei na cama já desarrumada de tanto me revirar em pensamentos, fechei meus olhos pra fazer uma segunda tentativa de sonho, não deu, estava real o suficiente, acordadíssima no breu de meu quarto, tão real fui eu. Compatíveis percepções transcendentais foi o sentido exato para aquilo tudo, você reapareceu me dizendo outras coisas diferentemente do que me atordoou, sendo doce assim, me cativando devagar e me ultrapassando a alma pelo olhar, senti, pressenti e não me calei mais, meu jeito de segredos escancarados, palavras tortas cheias de entrelinhas que só você entendeu.
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