sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Me dá um alcool vai.
Tá, tó.
Mais...
hunpf
(bebe tudo de uma vez)Ok, agora posso IR.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E se...

E se acontecer todas aquelas coisas esteriotipadas que eu não quero que aconteçam?
E se você me jogar no meio fio como a bita do seu cigarro?
E se tudo for uma mentira insana de nossas cabeças loucas?
E se de novo eu me perder?
E se eu não te quiser mais porque amo mais cantar no chuveiro?
E se não for bem isso o que eu sonho e você querer mudar tudo?
E se você for tão legal que eu possa não acreditar?
E se eu me deixar levar?
Solfejar para o sol
em plena tarde de domingo
um violão,
uma coca cola gelada,
uma pracinha,
meu palco é um coreto.
Fecho meus olhos
e os anos se passam,
Meus cabelos crescem
e o tempo parece o mesmo
Minha pele enrruga,
meus lábios secam,
alguns sonhos vieram me ver
ao redor do coreto, poucos aplausos,
minha nota é o sol
e ele nunca deixou de existir
estou velha,
tenho um violão
uma lata de coca vazia
e uns sonhos perdidos
uma única certeza
logo logo eu vou morrer
- Vem comigo. - Disse o vento aos meus ouvidos.
- Vou sim, onde?
- Aonde você quiser...
Subi no parapeito da janela e me deixei ser carregada pelo vento, um vôo calmo sem direção, fui carregada para longe de tudo aquilo que eu podia ver da janela de meu quarto.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Uma vez por mês

Nando,
A sua terceira pessoa me inibiu esta noite, estivemos tão próximos ontem sãos e hoje eu entendi a sua embriaguez, você me mantinha aquecida com seu cigarro semi apagado em uma das mãos, o mesmo braço que me envolvia.Meus olhos giraram ao redor e pessoas desconhecidas me atormentavam aquela noite,sem sorrisos e olhares discretos pedi para irmos embora, algo não estava certo,senti. Pela primeira vez você não me chamou de Lu, disse "Luiza", confesso que estava embriagada e não gostei do que ouvi, você andava diferente, tinha feito a barba, não usava mais o palitó de seu avô que tanto gostava, estava com uma camisa nova, perfume novo, e fazia questão em me apresentar para seus amigos, novos talvez. Não me desfiz de ninguém, algo me chateava profundamente, a Clarice das antigas veio te dar um oi, por educação me disse também, quase não respondo, balancei a cabeça. Sádica te olhei me perguntando o que faziamos ali mesmo? Ah sim, comemorávamos seus 27 anos. Seu sorriso estava bobo, notei algumas vezes que eu estava com a cara fechada e tentava sorrir, minha falsidade à flor da pele não te contagiava. Saí de perto e resolvi ir dançar, sozinha no meio daquelas pessoas que reparavam meu vestido vermelho e meu óculos verde, dancei debaixo daquela luz que piscava e você conversava com seus amigos, minha cabeça girava e meu coração pulsava, eu podia ter te chamado pra dançar mas não quis, meu humor estava péssimo em seu aniversário e você sabia muito bem porque. De repente alguém me pegou pelo braço era o Pedro me tirando pra dançar, eu estava descabelada, suada, minha maquiagem tinha ido pro saco, "não" e fui pra perto de você que nem sequer olhava pra mim. Você pegou na minha mão, e notou minha presença, me disse baixinho aos ouvidos, "você estava linda dançando", meu coração desmanchou, sua voz melosa me contagiou e modificou tudo aqui dentro. Fui ao banheiro, encontrei a Priscila lá, ela estava bonita, diferente, perguntei o que estava fazendo para estar daquele jeito e ela me disse "solteira lu!", me olhei no espelho e me achei sem graça, já fazia um bom tempo que estávamos juntos e a rotina estava me saturando, lavei meu rosto e olhei novamente no espelho, lembrei de não deixar que a TPM tomasse conta e fosse me fazer te matar em mim de novo, você sabia e por isso me deixava à distância... Feliz aniversário atrasado, desculpa e obrigada.
Assassina, insana, boba e mulher
Lu

terça-feira, 19 de outubro de 2010

-Vira! Vira! Vira!- Era o que diziam naquela mesa de bar.

Eu no auge da minha inconsciência descobri na embriaguez o antídoto para meus problemas. Meu suor exalava vodka, minha mente transbordava fome ilimitada, meus olhos não achavam um sentido qualquer. Virei três de uma vez, torta em ambos os sentidos, a vodka escorria pelo canto da boca como se eu não soubesse mais beber no copo, alma pequena, estúpida, longe da gravidade de meus sonhos , acabava ali, na escuridão mórbida de segredos desfeitos aos ventos ou para todos naquela mesa de bar.

-Vira!Vira!Vira!- o quarto copo de vodka envenenava minhas virtudes, me fazendo cambalear ao querer se levantar e tranquilizar o público, seitei-me de novo, abaixei a cabeça, o cheiro da mesa entrava por minhas narinas me fazendo acordar e ver que ainda estava na realidade, sentia passadas de mãos sobre minha cabeça,hipocrisia, queriam ver o meu estrago, alí mesmo abri mão do que era estar sã, pura ousadia.

-Eu quero beber sem culpa dessa chaga maldita, não tenho culpa do meu delírio, Zomba de mim! Zomba de mim! Amar e ser amada era tudo oque eu queria... Sem sossego, inquieta, perdida.

_Vira! Vira! Vira!- O quinto copo de Vodka trincava em meus dentes, olhava ao redor e as pessoas giravam, achavam graça, meus olhos amendoados à procura da salvação, não entendiam.

- Some daqui mau agouro! Some daqui! - Quis profundamente a paz e no entanto os goles que já não sentia escorrer pela garganta me remediavam e me distanciavam de quem não me queria ali.

sábado, 16 de outubro de 2010

Rosas vermelhas minúsculas
separei-as em cima da mesa,
meus olhos lacrimejavam saudade
descobri a sutil delicadeza delas e o quão eram frágeis
aquele aroma doce se espalhava no ar
me fazendo sentir algum momento passado
o mesmo sentimento
meus dedos as tocavam lentamente
talvez que nem existissem
talvez que desaparecessem
talvez para sempre ficariam ali sobrepostas na mesa
afinal minha mente transbordava
e se faziam ali na minha frente na forma mais pura
rosas vermelhas minúsculas
delicadas
separadas
inúteis ou não
minhas
aquela imagem era fruto da nostalgia que se fazia em mim
3:38 o relógio marcava e nem se ouvia os segundos passando
antes o tic tac me apressava, me fazia correr
hoje o silêncio me consome e arde, me faz estarrecer
relembro o lembrar daquilo que um dia já foi meu
tanto tempo
lembrar pode ser reviver
logo revivo a saudade
daquilo que levo comigo
rosas vermelhas minúsculas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

-O GRITO-

Arranhou minha garganta
meu braço erguido
pulso firme
cartazes espalhados
esperanças refeitas
sol de rachar
chuva fina
raios fotográficos
ventos de assanhar cabelos
areia nos olhos
suor escorrendo
esfola e desgasta
contradiz opinião
raiva inquietante
frio ameaçador
cansaço não desperdiçado
pena alheia
coragem explosiva

vontade de tudo
mudança.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quando as palavras se contradizem.

O que é isso que nos contradiz o tempo todo?
O tempo todo nos contradiz, o que é?
Nos contradiz, o que é isso do tempo?

Respostas já não sabem explicar o que saem da minha
boca
sem querer ou por querer.

Queria dizer tudo e ao mesmo tempo não dizer nada.

Detrás del espejo

Quiero entrar en un espejo
Quiero desaparecer en la reflexión
Una imagen que ya no tiene sentido
(?)Me parece el sentido?
Quién sabe que encontrar las respuestas
No sé qué más decir se estoy
Lo que no sé si quiero ser
lo que el pasado ha construido en mí
Respuestas
un mundo que cambia cada día
de los sueños rotos,
de descuido
quiero entrar en el espejo
aunque esto no refleja
mi imagen real
descubrir
que está dentro de mí


porque yo sólo pensaba que sabía.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Quem sou eu?

Descendente de Laura e Magali

pósfuturo dos meus antepassados

nomes

e tantos outros

de histórias

hoje

já tão mal contadas

Nunca saberiam que décadas depois nasceria Marília

filha de um dos filhos de um dos filhos de um dos filhos de um dos filhos deles

e pararia aqui

hoje.

O que vem a seguir e o que foi ontem?

Eu procurei saber e ninguém soube dizer ao certo

a cigana disse coisas para o futuro presente (irreais)

os velhos disseram coisas que começaram a se perder(e antes disso?)

Ninguém mais sabe,

certeza que corre na veia e um dia vai jorrar.



Uliê06/10

Combinamos segredos antes mesmo de nascer nos últimos e iniciais anos
de mãos dadas sobrevivendo em anos nossos 24
meu mais velho favorito de mesmo ano
foi você que me deu coragem
e me fez nascer no seu ano
1986
Até aqui
2010
-24
1986
outubro
+
18
---
24

Compartilhar com você uma vida desde então
e por mais sarcástico que seja
posso te chamar de tio-primo-irmão.

Passa tempo ansioso

Lúcida transmutação
transe em cores brilhantes
ansiedade tardia em tardes já mornas
faço-as quentes, ferventes
"Passou" me gritam
Você que pensa
nada esfria
tranformo vontade em êxtase
Aprufundo-me na idéia
deixando nada passar,
respirando rarefeito
acariciando meus cabelos
olhando a claridade através da janela
perdida
esperando
chegar

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Talvez eu te ame sem sinceridade.

Eu te espero -amor- uma vida pra conversar nas madrugadas sem fim, em frente ao espelho vejo presentes problemas futuros normais de anos que se passaram e ainda vão passar, envelheci de ontem pra hoje e parece que foi uma eternidade, não sou mais a mesma, 3 ruguinhas apareceram do sorriso que já sumiu ano passado, você lembra? Ou talvez que nem tenha conseguido enxergar. Te cantei pra mim em noites mal dormidas enquanto o radinho à pilha gracejava músicas sarcásticas para o momento, ri sozinha às 2 da madrugada e fui pra varanda às 5:00 esperar o sol nascer. Olhei as esquinas de ambos os lados e ninguém apareceu, não estive escondida, talvez escondida para a normalidade do aparecer em público, desapareci com minha ostensiva mente abusiva de palavras insanas e sentimentais, tão à flor da pele e reais. Me alegrei ao ver que as coisas mudam certo dia, mas logo caiu na rotina ficando tudo igual e me perdi de novo, no outro dia fui pedra, coração de pedra, mal entendido, defeituoso, estrangeira nas palavras que não existem mais, afinal elas não existiam em nós-qualquer-um e se existiam eram s i m p l e s palavras, sem valor, meu valor não achou quem as me dissesse, ou sussurrasse, ou simplesmente me olhasse dizendo, não existe é outra coisa quando só falam. Enquanto eu acreditei o mundo parecia perfeito, mas a vida veio à tona e me explicou que amar não era mais nada daquilo que eu acreditava existir.

sábado, 2 de outubro de 2010

dos des

des
construir
des
cuidar
des
moronar
des
cobrir

perpetuo nossos sonhos
des
vairados
em contradições milenares
des
ligo
o soneto bárbaro que um dia fizemos

re
fiz
a idéia e transfigurei-a em fim de tarde
anoiteceu
des
acordando
o que um dia aconteceu aqui

re
pliquei
o querer
re
tomei
a água da saudade

me
perdi.

e
des
falecemos
des
feitos.