quarta-feira, 20 de julho de 2011

Perceptível, intergalático e tão de toque foi o silêncio naquele dia, quisemos interagir com ele no meio do salão, onde os cacos do futuro começavam a se desprender do teto, nos misturamos na fumaça e na evaporação da chuva salgada por sinal. Laços se desfaziam no contratempo do espaço, desligados arco-iris resplandeciam no momento exato, quis comer a terra do presente universo que você me deu, as flores manchadas de céu deixavam a visão turva, criamos a chama que cresceu entre quatro paredes, não mais que isso, suspiros açucarados de exigências abismais, mais, muito mais, perpetuar o primeiro olhar de respiração densa, aquilo que não se pode resolver, aquilo que não se pode acreditar, quis amar assim e foi tudo mentira.

2 comentários: