quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Frios de Frida

Acordei mais ou menos, silêncio por favor, deixa as janelas fechadas, quero dormir até amanhã, me deixa. Vai, não olha pra mim com essa cara, quero um gole de café, uma queimadinha na língua, preciso me sentir viva. Vou tomar banho de sal grosso, despejar minha ruindade no ralo. Vou voltar a deitar, copo d'água na cabeceira, olhos não querem fechar, mente não quer parar. Pega um livro e senta! Você me diz.Não não não, shhh... Se esconde no vazio do teu silêncio então! Melhor assim, estou me olhando, observando meus pés deformados, sujos e calejados de tanto pisar.

Me perdoa assim intrínseca e cheia de borboletas no estômago.

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