E as conversas vão além de Nietzsche
encontro com minha louca lucidez e saio a catar estrelas perdidas
sigo, te sigo
observo, me observa.

Quero tocar!
Minhas mãos descontroladas chegam no limite do caminho e disfarçam,
desisto e percebo sua sombra contra os faróis dos carros contrários.
Não sei se certo, minha falta de coragem faz olhar se perder, não prestar atenção.
"Porque não toco?" Ecoa em caos.

Sua voz sobre a minha diversas vezes a recitar aquilo que ultrapassa o apenas ser
somos, estamos sendo! Só que além,através de nossos olhos.
Sentimento expande na próxima vírgula, na pausa entre as palavras que é quando nos vemos em delírio.

É manter a chama...
Tem muito mais,é muito mais
Não existe explicação, é mais do que explicar.
Conseguimos ser o que queremos em outra dimensão
no sonhar.

Eu me traio,
reviro meus conceitos
perco o parâmetro da coisa
os sentidos mudam convergindo o sentimento

Eu quis silenciar, eu quis entender
coração não tá mole
...mas desmancha fácil

Fico impregnada de sarcasmo
não analiso o olhar
Foda-se, inverto a utopia
desfiguro a paisagem

Invento um carnaval só pra mim
interno
gritado
extrapolado
selvagem
morto em quartas silenciosas.

Análise solta de palavras agora.

Em finais contraditórios, sou suspeita pra falar que aquilo outro daquele desta está mais pro internato que pro dignificado irreal feito por nós, meninas.
É mais embaixo ou outra coisa, como se a certeza dissesse no próprio olhar primeiro que estamos sendo encarceradas. Engraçada a mente vazia ou esvazia-se em leites derramados no silêncio soturno que antes cheio de alquimia era sol.Uma bosta jogada na estrada essa coisa de emocionar-se com toques, cafunés e palavras.Café, remédio amargo ou doce para madrugadas pensantes.O peso do mundo sob nossas costas, do tempo, do amor.

Uma a uma
em sonhos somem
+ nunca morrem

Sinto
meu querer
em nada
em cartas inventadas
Delicadas mentiras
esquecidas
descubro seu eu
e fica igual
e ridículo
e maquiavélico
jogado para jogar
com esses corações vazios
antes entorpecidos de esperança
cansados
Com sua calma e análise
prende e detona
brinca com cristais
envenena

Tão logo,
desconcerta-se
aparece quebrado
perto de mim
desfigurado

Para joão, todo meu apego.

Inspira olhar arrebatador de corações tristes, me faz feliz no instante exato, não fala, sorri. Transforma o tudo em pura alegria, chora também, mas chora por querer e como quer! Preenche o que está sujo em nós em cheiro de céu, nuvem, coisa nova, felicidade, fazendo relembrar o antigo, o carinho. Te beijar por agradecimento de ser o que é, assim bobinho, inocente e curioso, chega a vida tão depressa, cresce em segundos, engorda, faz beicinho. Aprende e nos prende de tal forma que impossível é desgrudar de seu jeitinho pequeno e indefeso.