segunda-feira, 7 de novembro de 2011
"Tudo bem" respondo. Nunca estive, sempre confundi o desejar com algo a mais, escondendo meus segredos no canto da boca, loucos pra serem expostos nesse seu olho que sempre me olha fixamente. Ah se esses detalhes que eu vejo falassem aos seus ouvidos que estou te percebendo neles, seria diferente. "Você é intensa, digo, está.." Por um segundo não quero mais te olhar e viro meu rosto para a pintura ao lado, dou um sorriso desligado como se não entendesse o que é estar intensa e sim altamente perdida em zilhões de pensamentos vagos, irreais, falsos(?), desenganando o passo que esta por vir e uma louca vontade de te tocar, me contenho mais uma vez, não sei de você, nunca precisei saber, você só apareceu e pareceu estar sempre só, nunca esteve. "Sempre fui..." Gritando por dentro implorando um abraço seu, um ato de cumplicidade, um movimento que dissesse é recíproco. E mais devaneios tolos, bobos, despercebidos por você arredio de respostas exatas, me descontrolando por dentro e desconcertando o sentido do que tento jogar na mesa. Não te olho mais por hoje, não agora que tropecei e engoli a goma de mascar que ainda parecia doce, ah não, não se preocupe não me engasguei.
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