terça-feira, 21 de junho de 2011

desgosto

Fiquei desatenta quando me colocaram na jaula de novo, passei a esbarrar em tudo, tropecei mais vezes do que o normal, meu braços perderam o controle, taças sobrevoaram cabeças, cafés esparramados pelas mesas, escrevi tudo errado, fiquei com os olhos baixos olhando meus pés que nunca ousaram andar sozinhos, me senti frágil, desmascarada, sem suspiros e choros, muito menos sorrisos, apenas séria, apenas interna. Confundindo sentimentos, pessoas, contando as grades e repetindo tudo de novo, totalmente presa entre os laços da memória que ficaram realmente amarrados, não consigo mais, muito menos menos. Agonia de não saber por onde sair, por onde fugir, como correr, como sumir.

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