terça-feira, 17 de maio de 2011

E eu só queria tirar meus sapatos!

















Correr contra o tempo, contra os caminhos impostos, de sorriso largo eu canto exageradamente de felicidade quando vejo que estou do outro lado da rua, conseguindo fazer tempo parar, gozando dele, levanto meus braços e percebo o sol, enfrento até arder em meus olhos, corro na grama vendo minha sombra de cabelos bagunçados e tão compridos (mas uma arte do tempo), livre das amarras, solta no descompaço, fora de ritmo, Krishnanda em Pedro Santos me en.canta alguma coisa fazendo mergulhar em mares imaginários, rios de vênus, marte, saturno, surjo e ressurjo em mim, piruetas ao sol,abraço as lembranças de abraços: de pessoas de amores de saudade de carinho de cheiro de passado de felicidade de choro. Desembaraço os cordões multicoloridos pendurados na árvore grotesca e única, flutuo acima de mim, me vejo como estátua ainda com olhar parado no sol, sou eu na copa mais alta, reverenciando e me despedindo de mais um dia, transbordando de amor à vida, brindando a lua que nasce entre as montanhas e ilumina de forma prateada meus pés e meu caminho, sigo em silêncio pra não atormentar os sonhos.

Um comentário:

  1. [como asa de silêncio em pleno voo, acontecido mundo, acontecida palavra, acontecido caminho na dobra da asa]

    um abraço, Marília

    Leonardo B.

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