sábado, 9 de abril de 2011

Confesso que em certas horas,
onde o vento faz a curva e não há nada mais a se fazer,
a presença, e a falta de presença significam:
deixar de -estar- quando as coisas chegam ao cúmulo do absurdo,
me faço delinquente, e passo a querer matar os minutos perdidos
me matando por ser corrupta e falsa sem lado certo da moeda...
Estar é outra coisa quando precisamos de nós mesmos,
não ver é cegar o que já está vencido de se enxergar,
nada a ver , no sense, afiada, sem saber.
Ser outras em sentido contrário, hoje, por algumas horas,
entreter, ironia hermética, sufocante, olhos atentos
aborrecidos, percebem tudo, riem de tudo, falam tudo.
Saio de mim por vocês, mas deixo bem claro que ser o que se vê ali,
é de mentira e eu não pertenço ao mundo que se faz.
Sem hipocrisia.

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